Assessoria do Palmeiras destaca a modernização no CT, expansão do staff e melhorias na análise de desempenho do time
Depois do rebaixamento em 2012, o Palmeiras teve uma grande reviravolta financeira. A gestão de Paulo Nobre e o apoio da Crefisa foram extremamente importantes nesse processo, pois num curto período de tempo, o clube se recuperou e voltou a briga por títulos. Na Academia de Futebol, Luan de Sousa, 28, assessor de imprensa do palestra, concedeu entrevista ao blog para falar sobre a transformação do alviverde depois da queda. Além disso, ele conta a forma como Felipão motivou todos os profissionais dentro da instituição, a maneira como o técnico encara o media training quando se prepara para entrevistas coletivas e a relação dos assessores do clube com as assessorias dos atletas.
BLOG: Como é a relação com os assessores dos atletas? Como funciona a exposição dos jogadores na televisão?
LUAN DE SOUSA: É de suma importância. A divisão de jogadores para cada veículo de comunicação, por exemplo, faz tempo que o Dudu não aparece numa TV grande, então colocamos ele. A relação é essa: o produtor pede pra gente e conversamos com os assessores e vamos vendo qual é a forma mais equilibrada de expôr o atleta.
Como você vê a transformação dentro do clube nos seis anos que está aqui?
O rebaixamento eu não peguei, mas em 2014 a gente quase caiu. Eu acho que toda reconstrução no começo é difícil. O Paulo Nobre falava quando assumiu que ele precisava trocar o pneu com o carro andando. Foi bem difícil mesmo a contensão de gastos e hoje a estrutura que vocês vêem aqui... essa sala de imprensa, esse centro de excelência, os vestiários e os campos em ótima situação, não era assim, era diferente.
Mudou as condições de trabalho para todo mundo no staff?
Hoje a gente viaja de avião fretado e o staff está maior do que a quantidade de jogadores no elenco. Basicamente em 2013, fotógrafo não viaja, nutricionista e analista de desempenho também não. Naquela época não tinha como ter isso porque era o começo, mas com o tempo a profissionalização do clube foi atingindo todos os níveis, todos os departamentos, por isso tá competitivo em todos os campeonatos. E se o projeto continuar, acaba ganhando frutos no final.
Na sua opinião, qual foi a cara que o Felipão deu pro time nesta reta final da temporada?
O Felipão incutiu aqui a personalidade dele, que é vencedora. Acho que o jogador quando recebe um conselho, uma preleção dele... é diferente. Ele chegou motivando todo mundo e deu moral pra todos. Então essa arrancada que o clube teve no Campeonato Brasileiro foi muito mérito dele.
Você sente que os jogadores respeitam ele?
Um cara que é multicampeão, aqui, em outros clubes, e na seleção, eu acho que o jogador acaba inconscientemente aceitando melhor. Não que não aceitassem o Roger, mas é uma coisa do ser humano.
Qual a diferença entre o Felipão de 2012 e o de 2018?
Eu não peguei a passagem dele em 2012, mas o que a gente ouve é que ele está mais leve no dia-a-dia, nas coletivas... ele até brinca. Em 2012, o Palmeiras era outro clube, a política era diferente, a estrutura, e o investimento também. Então ele vê toda essa mudança mais leve.
E como funciona o media training com o Felipão?
Ele já teve vários embates com a imprensa então procura saber o que pode ser perguntado. Como eu tenho 28 anos, fazer media training com o Felipão foi um desafio. Tenho que falar o que vocês tuítam, o que eu escuto nas rádios, mesmo que as vezes não concorde, porque pode ser perguntado pra ele na coletiva. Eu tenho que prepará-lo.
Ele aceita tudo tranquilamente?
Ele aceita sim. Da aquelas bufadas características dele mas é legal. Mesmo com aquele rótulo de antigo, ele ouve o media training sim e sabe o valor de tudo isso.
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